sábado, 28 de julho de 2012

Arnaldo....

Um sábado comum, uma tarde normal e monótona, nem a música tem muita vida.
Arnaldo percorre seus pensamentos, em busca de algo que valha a pena; mas não encontra.
Por mais que tente nada é relevante ou límpido.
O eco é devastador e o enlouquece aos poucos.
Quais seriam as alternativas coesas? Sair a esmo quem sabe...
Nada é muito claro e portanto, turva-lhe a mente.
Arnaldo pressente o desespero chegando
Não tem para onde correr e nem a quem recorrer
Senta-se e tenta se concentrar
Encontrar em algum lugar de seu eu a resposta
Para qual pergunta ele ainda não descobriu
Arnaldo sente-se impotente perante o mundo e perante ele mesmo
O que fazer quando nada se tem a fazer?
Ele ouve as pessoas vivendo suas vidas
E pensa em quão diferente a dele se tornara
Em círculos giram seus fragmentos de coragem
A coragem que Arnaldo precisa para algo fazer
Mas nem ele sabe ainda se o quer realmente
Na verdade, Arnaldo não sabe de nada.
Nem mesmo quem ele é
Arnaldo está à deriva, e a deriva é a melhor companhia dele.
O dia continua em seu ritmo, lento e infinito.
As possibilidades se esmaecem pouco a pouco
De nada adianta tentativas de originalidade
Não para Arnaldo, não para este sábado.
É apenas mais um dia na vida de Arnaldo
Mais uma espera a ser trabalhada
Mais um fôlego a ser tomado
Arnaldo sabe disso, e sente que está de mãos atadas.
Ele se esquiva das armadilhas que aparecem
Ele não quer errar, ele não pode mais.
Arnaldo então pára e pensa: "O que estou fazendo?"
Arnaldo não sabe, ele nem ao menos entende.
Então, escolhe seguir em frente, desmembrando esse sábado modorrento.
Amanhã, amanhã poderá ser diferente.
Quem sabe? Será um domingo claro e vivo.
Arnaldo desiste de lutar contra o que não se vê
Arnaldo entende que não são mais necessárias e nem cabíveis... as lutas
Ah Arnaldo...




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