Estou lendo atualmente a Biografia de Janis Joplin, escrita por sua irmã Laura Joplin, é um livro excelente.
Minha mãe, dizem, era fã de Janis Joplin, digo "dizem", pois eu realmente nunca cheguei a conversar com ela sobre Janis, pois tinha somente 7 anos quando ela faleceu.
Mas, de alguma forma, ao ler este livro, consigo entender melhor alguns sentimentos meus, e de alguma forma, me identifico mais com minha mãe.
Ao pegar o livro de poesias de minha mãe, notei diversas poesias tristes, e até frases idênticas às minhas, e pensei: "Puxa, eu realmente tenho mais a ver com ela do que imaginava".
Janis viveu do modo que quis, e morreu cedo, aos 27 anos.
Eu nunca vivi do modo que eu quis, sempre vivi disfarçado ou para os outros.
Agora, vou viajar 6 meses, e ao voltar, pretendo "viver" realmente.
Me identifico muito com o pensamento liberário de Janis, com sua revolta pelo mundano, com seu amor pela arte, por sua arte, e com sua eterna incompreensão do mundo.
Acho bastante viável seu modo de pensar, mas não o de viver, em algumas partes.
Acho que não tenho o coração tão duro a ponto de viver minha vida sem olhar para trás, igual ela fez; e talvez essa venha a ser minha salvação algum dia.
Sei lá cara, é meio estranho; tipo, não posso fazer planos agora, não posso porque nem sei se estarei vivo daqui a 6 meses, é fogo.
A única consolação, é não ter mais a quem machucar a ponto de morrer, porque, as pessoas superam as coisas ruins, e as boas elas esquecem.
A vida é ótima, e difícil ao mesmo tempo, pois ser quem se é, requer paciência, externa e interna, mais externa.
Quem sou eu? Não sei, mas vou atrás de descobrir.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
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