Só sei que dói, e muito.
O peito, parece que tem um prego lá dentro, ou um alfinete.
E fica espetando, e doendo, causando um buraco existencial.
E aí a garganta fica seca, o peito já apertado, tira o ar dos pulmões.
E você acaba meio que se afogando em tanta angústia
E a cabeça fica oca, sem norte, sem prumo ou rumo.
Você apenas existe, apenas está aqui.
Aí você passa a escutar o som do silêncio
Que grita e estranhamente ressoa com essa dor cruciante aqui de dentro
Um som ensurdecedor, que machuca e alfineta seus pensamentos mais escondidos.
Te levando a crer que você não é ninguém
Porque como pode tudo isso acontecer tão apoteoticamente, e ninguém sequer perceber?
Os anos dizem que já não existe mas espaço para tais sensações ou situações
Mas quem disse que a vida segue um roteiro? Ou que nós sairemos daqui vivos?
Aliás, não sairemos.
Essa dor, que esmaga os órgãos, que paralisa os membros.
Essa dor, tão conhecida e a tanto tempo por aqui, ainda que camuflada.
É uma dor que até hoje me ensinou apenas uma coisa
Independente de quantas pessoas estejam ao nosso lado
Seremos sempre nós com nós mesmos
Apenas nós sentiremos nossas felicidades e nossas dores
E feliz daquele que conseguir encontrar quem se importe
Nenhum comentário:
Postar um comentário