sábado, 14 de julho de 2012

Vago

Caminhando sem parar
Em um túnel de vento
Minha cabeça, que não pára, não sossega
Simplesmente sai em pune
Pela vastidão não concreta de pensamentos
Bolhas flutuantes, pululando meu cérebro
Que sem saber se deixar levar
Aonde? Não sei.
Sei que odeio a palavra vá, antes a vamos, é mais intimista.
E este texto é mais para mim que para você
Tão confuso e suburbano que sou, em meu quarto, meu infinito particular.
Já não saem mais idéias boas, ou tão boas quanto outrora.
Ora, minha vida também já não é mais a mesma que costumava ser
E eu não encontro tantas opções para as palavras
Palavras, que saem de meus dedos, de minha boca, de minha mente.
E o que registram meus olhos não são mais do que
Insanidades toscas e sem sentido
Algum deve ter é claro, sempre tem
Mas o que importa não é isso, não é o que irão pensar.
O que significa para mim os sentimentos mais profundos
Que um ser pode sequer renegar a si mesmo
Já não minto mais a mim mesmo
E não quero ouvir mais mentiras sobre o mundo
Quero, e quero agora, algo que não tenho e que não sei se terei
Se bem que ao certo me daria por feliz só em saber o que é
E o que importa a inexatidão de idéias e fatos nesse texto
Foi feito, sim, o é, apenas para ser lido
Devorado e deglutido, como deve acontecer com tudo aquilo que se cria
Indigestão espero e julgo, não dará
Talvez alguma confusão, alguma expressão: argh
Bem, meu intuito é apenas esvaziar a mente, às vezes é bom, sabe?
Se não sabe fique sabendo, deixe-se esvaziar
Deixa a mente vagar

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