Quando escrevo sou anônimo.
Meu profundo anonimato que nunca ninguém tocou.
Sou caleidoscópico: fascinam-me minha mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.
Não estou brincando. Estou grave. Porque estou livre. Dou a você liberdade. Corto o cordão umbilical, e você está vivo.
E quando nasço, fico livre. Esta é a base da minha tragédia.
E ninguém "é" eu, ninguém é você. Esta é a solidão.
Estou livre? Sou solto e livre e preso. Não estou todo solto por estar em união com tudo.
Uma pessoa é tudo e não é pesado de se carregar, porque simplesmente não se carrega: é-se o tudo.
Escrevo a correr, longe de minhas palavras grotescas e singelas. E essa escuridão é total no claro de minha mente.
Um instante depois, já é a dissipação das trevas, e o "cordão" que te cortei me enforca.
Um só coração batendo, compassado com o ritmo de sua dor, minha e nossa - de minha caixa de Pandora, de vozes soltas e vagas.
Nasço - pausa - Vivo - pausa - Morrerei... E você também. Sabia?
Mas eu já quero agora o que é meu e seu; e exijo por saber de nossa "propriedade"; minha sobre você, pois agora sou tudo e nada. E depois também, assim como todos.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
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