Agora estou aqui no frio do quarto, a movimentar-me por entre as palavras, sorrateiro, displicente, medonho. Divagando minhas emoções por entre seus pensamentos, adivinhando você. Minha inteligência não basta à minha necessidade, de te falar o que quero e não o que precisa, pois o que quero já nem sei - mas posso querer?
Ah, o que me deixo ser para mim, será que vale a pena de se saber?
Um caos é o que crio, mas preciso desse caos desordenado e simpático que crio para mim.
Quero sugar o que há no mundo "para me oferecer". E o que te dou em troca? Suas idéias de acordo com minha cabeça. Andemos juntos neste confuso desentendimento que crio só para ti. Verás que tem profundidade, pois forço-te a tentar me entender.
O objetivo? Nem esse apresenta-se, esconde-se de mim; quase o pego, mas fugidio se vai.
E agora quase quero ir e deixar-te, mas poderia me antepor ao inevitável fim?
Sim. Eu posso o que quero, e o que quero agora é correr de minhas palavras, deixá-las a seu cuidado. Trate-as com o carinho com que foram criadas.
O fim é inenarrável e irrefutável. Agora, cá estou a te escrever o fim. Mas sinto pena das palavras; as uso como quiser. É preciso, e assim me vou.
Mas não te engano, é difícil, pois me é difícil escrever assim.
Não o culpo, e nem a mim.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
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